resenha ao som das trompas
num trecho estaria cansada podia rir
narcŏs não podes efabular um narciso
comemos o prato do dia e o que a terra nos dá
os saltimbancos estão sobre os palcos e recitam as suas prosas
aquari foi longa na passagem por essas ruas
não movemos as heras tenazes e primaz a fala calamos apenas
não há reflexo as palavras fugiram todas de lá
três quadros e um quadro de luz debruço-me mais parece errada
duas pepitas de ouro carmim e o outono amarilho
febre vou partir no chegar ao tocar quebra o ceptro de engastar
ondas ondas onde vais vento vento nunca mais
excitada avança sobre as receitas quase tropeça
açoteias consommé balaustrada comensal de
arrozais lambretas bivalves pintalgado
ouve-se o ranger das traves replicante partita
promontório descomunal sables sante linha de maré
transumância dizia e baixava os olhos
sempre que te encontro
ao embarcadoiro chegavam no orgânulo se arrasta
áspera não ocupes o tempo dos mortos
sobem o declive arranham os ossos
crueza levanta a pedra extrudado o universo
as minhas palavras são pesadas na balança decimal
achas que as podes ouvir
consome o tempo como a lamparina
tens espelho e cérebro poderás compor
respiração larga já não lembro
trouxe para dentro de casa um toro e um navio
tábua de apagar senta-te e não te levantes
grandes olhos brancos de luz
as janelas chovem e despem
modifica os objectos nos precederão
os ramos despidos da árvore das mãos levantadas
nunca conheci tal coisa
a fossillização em vida
que sabes tu disso
partem
destituídos desapossados desvalidos
para aqui nos atiram desavindos
sede
o prato está bem recheado
vamos ver o que ela come
o menino azul
foi votar
240 partita blogs sapo pt resenha ao som 62052 linacatela 23:48 Agosto 31 quin 2017